Manaus (AM) – Francimar Pontes Soares, de 55 anos, foi preso na última terça-feira (02), suspeito de aplicar uma série de golpes financeiros que ultrapassam R$ 450 mil, em Manaus. Segundo as investigações, ele se apresentava como pastor e investidor, utilizando uma empresa de fachada para atrair vítimas, muitas delas fiéis da igreja que frequentava.
As investigações foram realizadas pelo 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP). De acordo com o delegado Adriano Félix, o esquema veio à tona em fevereiro de 2025, após denúncias de dois membros da congregação.

O indivíduo prometia dobrar o capital investido em curto prazo, afirmando operar na bolsa de valores e em criptomoedas. Uma das vítimas chegou a repassar R$ 237 mil ao suspeito, além de contrair um empréstimo de R$ 80 mil após ser convencida por ele.
“Ele usava da confiança que tinha na igreja para ludibriar as vítimas. Recebia os valores via Pix e alegava que estavam em processamento”, destacou o delegado.
Para manter a aparência de legalidade, o investigado chegou a devolver aproximadamente R$ 1,8 mil a uma das vítimas no primeiro mês, simulando rentabilidade. Depois disso, desaparecia e interrompia qualquer contato.
A Amazon Trade, empresa utilizada por Francimar, consta como responsável por receber todos os repasses. Desde 2022, já foram registrados 5 Boletins de Ocorrência contra ele pela mesma prática.
O suspeito chegou a fugir para Santa Catarina, o que atrasou o cumprimento do mandado de prisão. Ele retornou a capital amazonense recentemente, permitindo que as equipes do 22º DIP deflagrassem a ação.
A prisão ocorreu no conjunto Tocantins, zona centro-sul da cidade, após monitoramento. Informalmente, Francimar admitiu os golpes e alegou ter perdido todo o dinheiro em investimentos malsucedidos.
A polícia também investiga o possível envolvimento do filho dele, identificado como Josué, que, segundo informações preliminares, também participaria das fraudes.
Nenhuma das vítimas recuperou os valores perdidos. A Justiça autorizou bloqueio de bens e busca e apreensão, mas não havia recursos nas contas vinculadas à empresa.
A Polícia Civíl do Amazonas (PC-AM) orienta que outras possíveis vítimas procurem o 22º DIP para formalizar denúncia.
Francimar Pontes Soares responderá por estelionato e segue à disposição da Justiça.
*FONTE: PORTAL TUCUMÃ
